sábado, 23 de fevereiro de 2008

E por falar em Agência Magnum...

Imperdível.

CAIXA CULTURAL - PAULISTA

MAGNUM 60 ANOS Criada em 1947 por Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David "Chim" Seymour e George Rodger, a Magnum é a mais mítica agência fotográfica do mundo. Com curadoria de João Kulcsár, a exposição, primeira coletiva da agência no Brasil, comemora os 60 anos da fundação com 50 imagens coloridas e em preto-e-branco, divididas em seis temas. Av. Paulista, 2.083, Bela Vista, região central, tel. 3321-4400. Ter. a sáb.: 9h às 21h. Dom.: 10h às 21h. Até 6/4.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Peculiaridades de Tokio

Chris Steele-Perkins, da agência Magnum Photos, fez um trabalho fotográfico, o Tokio Love Hello, patrocinado pela HP muito, mas muito bacana mesmo, das ruas de Tokio e das suas peculiaridades. Em certos momentos ele dá alguns closes muito interessantes, trazendo o olhar para certos detalhes bem únicos, os quais normalmente as pessoas passam batido.
O fotógrafo fica abismado com as diferenças super gritantes dos hábitos japoneses do resto do mundo e fala sobre o quanto o Japão parece que está vivendo em um universo paralelo.
Essa exposição foi feita juntamente com algumas fotos tiradas por ele na Inglaterra e foi feito um paralelo entre as duas culturas fotograficamente.
As fotos são mostradas em um vídeo um pouco longo, mas vale muito a pena ter um pouco de paciência e perder alguns minutinhos vendo.







terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Construção da paisagem

Burle Marx com sua coleção de plantas em seu sítio Santo Antônio da Bica - déc. 70


Roberto Burle Marx foi o maior paisagista que o Brasil já conheceu. Sua trajetória de vida o colocou diante do modernismo desde cedo. Seus jardins são lugares belíssimos e emocionantes.

1909 - Nasce em SP. Mora na Av. Paulista e tem contato com a música desde cedo já que sua mãe, Cecília Burle, além de pianista, costumava abrir seu salon para músicos de passagem pela cidade.
1913 - Muda-se para o RJ no bairro do Leme. Ali, inicia sua primeira coleção de plantas. Tem grande apoio de seus pais. Seu vizinho, Lucio Costa, se torna um grande amigo por toda a vida e será o maior influenciador de sua carreira como paisagista.
1928 - Viaja com a família para a Alemanha para tratar problemas de visão. Em Berlim, toma contato com obras de Cézanne, Matisse, Braque, Klee, Picasso e Van Gogh. Ainda está em dúvida se deve seguir música, arquitetura, pintura ou paisagismo. Começa a ter aulas de canto e inicia um curso de desenho e pintura. Mas foi visitando o Jardim Botânico de Dahlem que a vocação de paisagista começou a falar mais forte.
1929 - Retorna ao Brasil
1930 - Se matricula na Escola de Belas Artes no RJ. No fim desse ano, Lucio Costa, Diretor da Escola, o convence a se transferir para o curso de pintura. Lá, convive com, Oscar Niemeyer, os irmãos Roberto, Portinari, José Lins do Rego, entre outros grandes intelectuais.
1932 - A convite de Lucio Costa, realiza seu primeiro jardim. O projeto da residência da família Schwartz era do próprio Lucio e de Gregori Warchavchik. Faz, também a convite de Lucio, o jardim da casa Ronan Borges. Estes dois projetos lhe proporcionam o convite para assumir o cargo de diretor de Parques e Jardins do Recife.
1934-1937 - Projeta em Pernambuco seus primeiros jardins públicos. Faz suas primeiras expedições para coletar espécies para que seus jardins sejam adaptados ao local onde são implantados.
1938-1940 - Se integra ao movimento moderno brasileiro completamente. Começa a ser reconhecido no exterior. Projeta o jardim do MEC - RJ.
A partir deste período, começa a ficar extremamente conhecido no Brasil e no exterior e faz obras magníficas como a calçada de Copacabana no Rio, os jardins dos edifícios projetados por Niemeyer em Brasília, seu sítio no RJ, entre muitas outras.
1994 - Falece após uma recuperação muito difícil de uma cirurgia no baço.

Alguns de seus jardins:

Jardim suspenso do Ministério da Educação e Saúde - 1937

Calçadão da Av. Atlântica - RJ - 1970

Residência Odette Monteiro - 1948

Residência Odette Monteiro - 1948

Residência Odette Monteiro - 1948

Residência Odette Monteiro - 1948

Residência Odette Monteiro - 1948

Aterro do Flamengo - MAM - RJ - 1948

Aterro do Flamengo - MAM - RJ - 1948

Aterro do Flamengo - MAM - RJ - 1948

Aterro do Flamengo - MAM - RJ - 1948

Itamaraty - Brasília - DF - 1965

Itamaraty - Brasília - DF - 1965

Itamaraty - Brasília - DF - 1965


Algumas de suas obras como artista plástico:


1961

1967

1972

1972

1973

1987

1991

1993

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sim senhora!


Recebi o selo "É um blog muito bom, sim senhora!" do Fernando Assad do blog Novelo Digital. Obrigada Fernando!
Minhas indicações ficarão para depois...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Visão de guerra


Robert Capa Andrei Friedmann nasceu em Budapeste em 1913. Foi um dos pioneiros da fotografia de guerra. Marxista, teve que se exilar em 1930. Foi para Berlim e se inscreveu na Faculdade Ciências Políticas onde se aproximou do meio jornalístico. Sua carreira como fotografo começou no fim de 1931, quando consegue fotografar Léon Trótski. Em 32, vai para Paris, fugindo dos nazistas, já que era judeu. Em 1934 encontra Gerda Taro, que também foi sua namorada, e no ano seguinte ambos criam o personagem Robert Capa, repórter mítico de nacionalidade norte-americana. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde Gerda morre no ano seguinte.

Gerda Taro

Em 1938, Capa dirige-se para a China para fotografar o conflito sino-japonês, voltando de novo a Espanha em 1940, logo que a França cai sob o jugo nazi, retirando-se em seguida para os Estados Unidos onde começa a trabalhar para a revista Life. Posteriormente vai para Inglaterra, depois para a Argélia.
Em Junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D, (D-Day). Depois da guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947).
Robert Capa fotografou a guerra civil espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto, "a morte do soldado legalista", a guerra civil chinesa e a II Guerra Mundial com lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX. Capa morreu na Guerra da Indochina em 25 de maio de 1954, ao pisar sobre uma mina. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas, mas Robert Capa permanecia com a câmera em suas mãos.
Em dezembro do ano passado, milhares de negativos da Guerra Civil Espanhola foram devolvidos após ficarem escondidos mais de cinquenta anos. Capa pensou que o trabalho tinha sido perdido durante a invasão dos nazistas e morreu acreditando nisso. Mas em 1995 começou a circular a versão de que os negativos haviam escapado, depois de uma jornada, de Paris para Marselha e depois, nas mãos de um general e diplomata mexicano que havia prestado serviço a Pancho Villa, para a Cidade do México. E lá eles ficaram escondidos durante mais de meio século quando foram enviados para o Centro Internacional de Fotografia de Manhattan, fundado pelo irmão de Robert Capa, Cornell. Anos depois de negociações silenciosas, intermitentes, sobre qual seria sua verdadeira casa, a posse legal sobre os negativos foi transferida recentemente ao espólio Capa pelos descendentes do general, incluindo um cineasta mexicano que os viu pela primeira vez na década de 1990 e logo percebeu a importância história do material em poder de sua família.
As caixas também continham imagens da Guerra Civil Espanhola tiradas por Gerda Taro e por David Seymour (Chim).